Filiação: O Brasil tem pressa. Temos de agir, reafirma Protógenes
Foi com sabor de lançamento de candidatura que aconteceu em São Paulo
nesta segunda (7), Dia da Independência, o ato público de filiação de
Protógenes Queiroz ao PCdoB. Mais de 500 pessoas lotaram o auditório
da Unip para saudá-lo. Ainda não há definição sobre a que cargo
concorrerá, mas ele deixou claro que quer unir diversos setores da
sociedade para enfrentar as questões que julga serem as mais graves no
país: a corrupção e a desigualdade social. “O Brasil tem pressa. Temos
de agir”, disse.
Priscila Lobregatte
Protógenes comemora novo passo
No final do ato, o delegado mais uma vez recebeu a visita de um agente
da justiça. Desta vez o funcionário, que preferiu não se identificar,
entregou-lhe uma queixa-crime movida pelo atual ministro da
Agricultura, Reinhold Stephanes, devido à entrevista dada por
Protógenes à revista Caros Amigos em dezembro do ano passado. Naquela
edição, o delegado dizia que Stephanes, quando presidente do Banestado
do Paraná, teria usado cheque pessoal para pagar fiança (de R$ 500
mil) de Vitor Hugo Nunes, envolvido com lavagem de dinheiro.
“Falei verdades consubstanciadas em provas”, explicou o delegado
afastado da PF. E completou dizendo que “os sucessivos os atos de
constrangimento têm se intensificado; isso demonstra a intenção desses
setores que são minoritários na República. Mas no momento certo, a
população vai dar a resposta que essa gente merece; 2010 está
chegando”, declarou. Na semana passada, em coletiva de imprensa,
Protógenes foi notificado a respeito de reabertura de processo
administrativo movido a partir de ação de Paulo Maluf.
Protógenes disse ainda que “está cada vez mais estreito o meu espaço
como agente público dentro da Polícia Federal” e que “meu caminho
agora é o da vida político-partidária brasileira”. Questionado sobre o
foro privilegiado que teria caso se candidate e vença as eleições para
o parlamento, declarou: “não sou bandido, sou contra a imunidade
parlamentar. Quando serve para proteger contra qualquer ação judicial,
não é imunidade, mas impunidade parlamentar”. Ele disse ainda que hoje
muitos quadros da Polícia Federal seguem seu caminho. “Diria que 99,9%
dos colegas da PF estão imbuídos desse mesmo espírito, haja vista que
o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Cláudio
Avelar, também se filiou ao PCdoB”.
“Comunista, graças a Deus”
Falando ao público ainda durante o ato, Protógenes Queiroz brincou:
“sou comunista, graças a Deus”. E ressaltou o papel do vereador Jamil
Murad em sua decisão de se filiar. “Ele plantou essa semente”, contou.
Lembrando ter participado do Grito dos Excluídos, durante a manhã, o
delegado declarou que “neste dia 7 de setembro, quero começar meu
trabalho para incluir os excluídos juntamente com o PCdoB e diversos
setores da sociedade”.
Ao lado de representantes da maçonaria, de católicos e de ateus, o
delegado defendeu “amplas alianças” para transformar estruturalmente o
país. “O problema é que hoje os recursos não chegam a quem realmente
precisa. Estou aqui hoje como quem responde ao chamado daquela música
que diz: ‘foram me chamar, eu estou aqui o que é que há’”, colocou,
lembrando da canção de Dona Ivone Lara. E parafraseou: “vocês me
avisaram para pisar nesse chão político devagarinho”.
Lembrando os pontos de convergência entre os comunistas e a atual
gestão federal, Protógenes disse que o “PCdoB cumpre seu papel ao
apresentar um projeto de nação ao presidente Lula”. E ressaltou que “a
proposta que o presidente encaminhou para o Congresso Nacional sobre o
pré-sal consta em resolução do Comitê Central do PCdoB”.
O programa e nada mais
Renato Rabelo, presidente do PCdoB, contou como foi o processo de
cerca de três meses que resultou na filiação de Protógenes.
“Conversamos abertamente e apresentamos o nosso programa (socialista),
não mais do que isso”. Para o dirigente, a “existência do PCdoB é uma
exigência histórica”. Ele enfatizou que “não somos uma legenda de
ocasião, de eleição, mas um partido que se dedica permanentemente à
luta dos trabalhadores, do povo e da nação. Este encontro demonstra a
responsabilidade mútua que tanto o partido quanto Protógenes têm com o
projeto que defendemos”.
Para Rabelo, o delegado demonstrou que “é uma liderança de ideias,
comprometido com o nosso país”. Ele criticou ainda o que julga ser um
dos principais problemas do Brasil: “precisamos renovar nossas
instituições porque ainda há partes podres, setores antidemocráticos e
precisamos limpá-las. Foi isso que Protógenes começou a fazer com seu
trabalho na Polícia Federal, uma luta contra os colarinhos-brancos,
gente que acumula riqueza à custa da exploração dos demais, da
especulação”.
Segundo o dirigente, “Lula iniciou um projeto nacional, mas ainda há
obstáculos a serem superados”. Por isso, explicou que “2010 é uma
espécie de encruzilhada em que ou o país avança continuando no caminho
das mudanças, ou esse ciclo poderá ser interrompido”. Rabelo defendeu
a “união de forças avançadas comprometidas com esse projeto” e disse
que Protógenes “tem inserção em setores diferenciados da sociedade”.
Por fim, colocou que “sua entrada nas fileiras do PCdoB nos fortalece
e nos incentiva. Vamos juntos mudar o Brasil”.
Também saudaram a filiação de Protógenes Queiroz a presidente do
PCdoB-SP, Nádia Campeão; o ministro do Esporte, Orlando Silva; o
senador Inácio Arruda (PCdoB-CE); a deputada federal Jô Moraes
(PCdoB-MG); os deputados estaduais Álvaro Gomes (PCdoB-BA) e Pedro
Bigardi (PCdoB-SP); o vereador Jamil Murad, o presidente da UNE,
Augusto Chagas; o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana; o
presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, Sérgio
Roque e Benedito Marques, da Maçonaria Unida por São Paulo, entre
outros.
De São Paulo,
Priscila Lobregatte
Foi com sabor de lançamento de candidatura que aconteceu em São Paulo
nesta segunda (7), Dia da Independência, o ato público de filiação de
Protógenes Queiroz ao PCdoB. Mais de 500 pessoas lotaram o auditório
da Unip para saudá-lo. Ainda não há definição sobre a que cargo
concorrerá, mas ele deixou claro que quer unir diversos setores da
sociedade para enfrentar as questões que julga serem as mais graves no
país: a corrupção e a desigualdade social. “O Brasil tem pressa. Temos
de agir”, disse.
Priscila Lobregatte
Protógenes comemora novo passo
No final do ato, o delegado mais uma vez recebeu a visita de um agente
da justiça. Desta vez o funcionário, que preferiu não se identificar,
entregou-lhe uma queixa-crime movida pelo atual ministro da
Agricultura, Reinhold Stephanes, devido à entrevista dada por
Protógenes à revista Caros Amigos em dezembro do ano passado. Naquela
edição, o delegado dizia que Stephanes, quando presidente do Banestado
do Paraná, teria usado cheque pessoal para pagar fiança (de R$ 500
mil) de Vitor Hugo Nunes, envolvido com lavagem de dinheiro.
“Falei verdades consubstanciadas em provas”, explicou o delegado
afastado da PF. E completou dizendo que “os sucessivos os atos de
constrangimento têm se intensificado; isso demonstra a intenção desses
setores que são minoritários na República. Mas no momento certo, a
população vai dar a resposta que essa gente merece; 2010 está
chegando”, declarou. Na semana passada, em coletiva de imprensa,
Protógenes foi notificado a respeito de reabertura de processo
administrativo movido a partir de ação de Paulo Maluf.
Protógenes disse ainda que “está cada vez mais estreito o meu espaço
como agente público dentro da Polícia Federal” e que “meu caminho
agora é o da vida político-partidária brasileira”. Questionado sobre o
foro privilegiado que teria caso se candidate e vença as eleições para
o parlamento, declarou: “não sou bandido, sou contra a imunidade
parlamentar. Quando serve para proteger contra qualquer ação judicial,
não é imunidade, mas impunidade parlamentar”. Ele disse ainda que hoje
muitos quadros da Polícia Federal seguem seu caminho. “Diria que 99,9%
dos colegas da PF estão imbuídos desse mesmo espírito, haja vista que
o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Cláudio
Avelar, também se filiou ao PCdoB”.
“Comunista, graças a Deus”
Falando ao público ainda durante o ato, Protógenes Queiroz brincou:
“sou comunista, graças a Deus”. E ressaltou o papel do vereador Jamil
Murad em sua decisão de se filiar. “Ele plantou essa semente”, contou.
Lembrando ter participado do Grito dos Excluídos, durante a manhã, o
delegado declarou que “neste dia 7 de setembro, quero começar meu
trabalho para incluir os excluídos juntamente com o PCdoB e diversos
setores da sociedade”.
Ao lado de representantes da maçonaria, de católicos e de ateus, o
delegado defendeu “amplas alianças” para transformar estruturalmente o
país. “O problema é que hoje os recursos não chegam a quem realmente
precisa. Estou aqui hoje como quem responde ao chamado daquela música
que diz: ‘foram me chamar, eu estou aqui o que é que há’”, colocou,
lembrando da canção de Dona Ivone Lara. E parafraseou: “vocês me
avisaram para pisar nesse chão político devagarinho”.
Lembrando os pontos de convergência entre os comunistas e a atual
gestão federal, Protógenes disse que o “PCdoB cumpre seu papel ao
apresentar um projeto de nação ao presidente Lula”. E ressaltou que “a
proposta que o presidente encaminhou para o Congresso Nacional sobre o
pré-sal consta em resolução do Comitê Central do PCdoB”.
O programa e nada mais
Renato Rabelo, presidente do PCdoB, contou como foi o processo de
cerca de três meses que resultou na filiação de Protógenes.
“Conversamos abertamente e apresentamos o nosso programa (socialista),
não mais do que isso”. Para o dirigente, a “existência do PCdoB é uma
exigência histórica”. Ele enfatizou que “não somos uma legenda de
ocasião, de eleição, mas um partido que se dedica permanentemente à
luta dos trabalhadores, do povo e da nação. Este encontro demonstra a
responsabilidade mútua que tanto o partido quanto Protógenes têm com o
projeto que defendemos”.
Para Rabelo, o delegado demonstrou que “é uma liderança de ideias,
comprometido com o nosso país”. Ele criticou ainda o que julga ser um
dos principais problemas do Brasil: “precisamos renovar nossas
instituições porque ainda há partes podres, setores antidemocráticos e
precisamos limpá-las. Foi isso que Protógenes começou a fazer com seu
trabalho na Polícia Federal, uma luta contra os colarinhos-brancos,
gente que acumula riqueza à custa da exploração dos demais, da
especulação”.
Segundo o dirigente, “Lula iniciou um projeto nacional, mas ainda há
obstáculos a serem superados”. Por isso, explicou que “2010 é uma
espécie de encruzilhada em que ou o país avança continuando no caminho
das mudanças, ou esse ciclo poderá ser interrompido”. Rabelo defendeu
a “união de forças avançadas comprometidas com esse projeto” e disse
que Protógenes “tem inserção em setores diferenciados da sociedade”.
Por fim, colocou que “sua entrada nas fileiras do PCdoB nos fortalece
e nos incentiva. Vamos juntos mudar o Brasil”.
Também saudaram a filiação de Protógenes Queiroz a presidente do
PCdoB-SP, Nádia Campeão; o ministro do Esporte, Orlando Silva; o
senador Inácio Arruda (PCdoB-CE); a deputada federal Jô Moraes
(PCdoB-MG); os deputados estaduais Álvaro Gomes (PCdoB-BA) e Pedro
Bigardi (PCdoB-SP); o vereador Jamil Murad, o presidente da UNE,
Augusto Chagas; o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana; o
presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, Sérgio
Roque e Benedito Marques, da Maçonaria Unida por São Paulo, entre
outros.
De São Paulo,
Priscila Lobregatte
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